INTERPRETAÇÃO TEXTUAL


(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:
O que é ser adotado
Os alunos do primeiro ano, da professora
Débora, discutiam a fotografia de uma família. Um menino na foto tinha os cabelos de cor diferente dos outros membros da família.
Um aluno sugeriu que ele talvez fosse adotado e uma garotinha disse:
– Sei tudo de filhos adotados porque sou adotada.
– O que é ser adotado? – outra criança perguntou.
– Quer dizer que você cresce no coração da mãe, em vez de crescer na barriga.
DOLAN, George. Você Não Está Só. Ediouro
       1. O aluno sugeriu que a criança da foto tinha sido adotada porque: (D8)


A) os cabelos dela eram diferentes.
B) estava na foto da família.
C) pertencia a uma família.
D) cresceu na barriga da mãe.
RESP = A


(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:
Necessidade de alegria
O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão compenetrado da magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na representação como na vida rotineira.
Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se moralmente, jamais se permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção e silêncio.
Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos de bar o estranhavam, os colegas de trabalho no escritório da Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo) passaram a olhá-lo com espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento.
No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha expressão sombria no olhar, e repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho deixou a desejar.
Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre, descontraído, para tornar-se perfeito intérprete daPaixão na hora certa. Além do mais, até a chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a festas.
Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e dizem que se alimenta de gafanhotos no agreste.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para oRei.2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. p. 56.
2.       Qual é a informação principal no texto“Necessidade de alegria”? (D9)
(A) A arte de representar exige compenetração.
(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio.
(C) O ator precisa ser alegre.
(D) É necessário aperfeiçoar-se.
RESP = C

Leia o texto para responder a questão abaixo:
A outra noite

Rubem Braga
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas.
Uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra − pura, perfeita e linda.— Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.
Depois continuou guiando mais lentamente.
Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
— Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um “muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.
             3. O fato que desencadeou a história foi (D10)


(A) a viagem a São Paulo.
(B) o mau tempo em São Paulo.
(C) o agradecimento do taxista.
(D) a conversa ouvida pelo taxista.
RESP= D



Leia o texto abaixo.
Passeio pelo campo
Começaram as férias. Valentina se prepara para passar uns dias na casa de seus avós. Por isso, está um pouco inquieta, afinal, viajará sozinha, experiência que realiza pela primeira vez.
Os pais a acompanham até a rodoviária, de onde se despedem com beijos, abraços e muitas recomendações:
– Comporte-se bem! Avise assim que chegar... Ajude seus avós nas tarefas de casa!
O ônibus parte rapidamente. Valentina,
emocionada, olha pela janela e acena para seus pais, que respondem da plataforma da estação.Fica olhando... cada vez os vê menores, como pontinhos agitando as mãos, em alegre despedida.
À medida que se distancia, ficam para trás a cidade, seus altos edifícios e grandes casas, as enormes chaminés das fábricas, suas amplas avenidas e uma multidão de pessoas, que se dirigem a todas as partes.
REPETTO, Juan Carlos Porta. Passeio pelo campo. Curitiba:Módulo. p. 2, 3 e 4. Fragmento.                                                                    

     4. Nesse texto, a menina vê os pais cada vez menores porque (D11)


A) ela fechava os olhos com sono.
B) ela se afastava da estação.
C) os altos edifícios ficaram na frente dos seus pais.
D) os pais estavam sentados no banco da estação.
RESP= A


(SPAECE). Leia o texto abaixo.
O estresse faz bem
A prestação do carro está vencendo, a crise roeu suas economias, o computador travou de vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé.
O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas, acredite, essa pressão faz muito bem para você.
Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.
Quando sentimos o mundo cair sobre a cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao desastre. Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, guardar informações que podem ser decisivas e encarar desafios e perigos.
Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua capacidade de superar um problema, na visão do professor (funciona quase como o espinafre para o Popeye). Mas há um porém, se nos estressarmos demais, os efeitos benéficos acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e funções como a memória acabam prejudicadas. É por isso que precisamos aprender a apreciar o estresse com moderação. O segredo estaria em levar uma vida saudável e buscar atividades que deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na entrevista que concedeu à SUPER.
WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado:Reforma ortográfica. Fragmento.
           5. O autor desse texto faz uso da linguagem coloquial no trecho:
A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas...” (. 4-5).
B) “... o estresse é fundamental para a nossa sobrevivência.”. (. 7-8).
C) “Ficamos prontos para tomar decisões com mais rapidez, ...”( . 11-12).
D) “... funções como a memória acabam prejudicadas.”. (. 19-20).
E) “O segredo estaria em levar uma vida saudável...”. (.21-22).
 RESP= A

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.
Esse Eça!
Talvez por ter nascido sem pai, talvez por ter sido um menino solitário, talvez porque ainda não havia televisão nem videogame, ou talvez porque fosse mesmo tímido, logo que pude decifrar as “formiguinhas pretas”, meu lazer passou a ser a leitura. Nada de “estudo”, nada de “busca do saber”. Ler para sonhar, para sentir-me na pele dos protagonistas, para me divertir mesmo.
Quanto dessas leituras habita ainda em mim!
Mas, pulando Lobato e os queridos autores de literatura juvenil, lembro-me de O suave milagre, do escritor português Eça de Queirós. Que impacto! Eu lia e relia o conto, lágrimas, frissons, emoções que acredito nunca mais ter conseguido sentir ao ler um texto. [...] O suave milagre continua como uma das minhas narrativas favoritas. Que conto! Esse Eça!
BANDEIRA, Pedro. Carta Fundamental, fev. 2011. Fragmento.
6.No trecho “... logo que pude decifrar as ‘formiguinhas pretas’”, a expressão destacada estabelece uma relação (D15)


A) condicional.
B) consecutiva.
C) final.
D) temporal.
E) causal.
RESP.= D
Leia o texto abaixo.

O marinheiro que tocava tuba
Tendo nascido no interior do Ceará, como foi acabar sendo regente?
Nasci no Iguatu, porque meu pai trabalhava naquela época nessa cidade, numa função muito delicada e até pejorativa: a de delegado de polícia. Na época, havia uma espécie de guerra no Ceará, com intervenção federal.
[...] E, como ia sendo expulso de tudo quanto era escola, meu pai resolveu me colocar
na Escola de Aprendizes de Marinheiros. Aí a coisa mudou. A escola, naquela época, era semicorrecional. Meu pai advertia: “ Agora você toma jeito”.
Éramos 14 irmãos, dos quais eu era o quinto, pela ordem. Família “pequena”, como veem. Oito homens, seis mulheres.
Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
7.As aspas empregadas na palavra “‘pequena’” dão à palavra um tom (D17)


A) coloquial.
B) crítico.
C) irônico.
D) técnico
RESP.= C






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